Compatibilidade
A chance de se encontrar uma medula óssea compatível com a de outra pessoa no Brasil é de uma em um milhão. Isso porque, segundo ele, o banco de dados nacional de doadores possui pouca gente cadastrada. São 3,5 milhões de doadores voluntários, enquanto 2,5 milhões de pessoas necessitam de um transplante. “Desse modo, as chances de compatibilidade são mínimas. Vale lembrar que destas pessoas necessitando de um transplante, 90% são crianças e adolescentes”, destacou.
Uma vez detectada a compatibilidade, o doador é procurado pelo Redome, e tem todos os custos com viagem, alimentação e estadia, inclusive para o acompanhante, bancados pelo Ministério da Saúde.
Doação
Existem duas maneiras de doação de medula óssea e a mais adequada a cada paciente é escolhida pelo médico. No primeiro caso, retira-se a medula óssea – o tutano, como é popularmente chamado- do osso da bacia, já que nele são produzidos os componentes do sangue. O procedimento é realizado com anestesia local e dura cerca de 40 minutos.
No outro, os componentes são retirados direto do sangue, pelas veias dos braços doador, que toma um medicamento para estimular a produção. Desta maneira, a medula óssea é levada para a corrente sanguínea, de onde é retirada. O processo dura cerca de quatro horas. Em ambos o doador pode retornar para a casa em no máximo 24 horas, levando uma vida normal. Ele não tem nenhum prejuízo a saúde e em 10 dias o corpo repõe todo o material retirado. “Os riscos são mínimos. Não existem casos de morte nos procedimentos que foram realizados de maneira adequada. É mito pensar que se retira o líquido da coluna, não é isso, trata-se da retirada do tutano, que existe em maior concentração no osso da bacia”, explicou Maranelma.
Requisitos
Para se cadastra voluntariamente para a doação é necessário ter entre 18 e 54 anos, não possuir doença infecciosa transmissível pelo sangue, como hepatite B e C e HIV, não receber insulina e não ter realizado quimioterapia ou radioterapia.
